No cenário financeiro atual, cada vez mais, os investimentos têm se mostrado uma opção repleta de oportunidades e, também, de desafios. Enquanto o assunto se populariza e mais pessoas querem se tornar investidores, são inúmeras as dúvidas e angústias que afligem os iniciantes. A primeira dúvida é sobre os tipos de investimentos. Nesse artigo, falaremos sobre renda variável.
De maneira geral, iniciantes, especialmente os que têm um perfil mais conservador, preferem apostar nos ativos de renda fixa, que oferecem estabilidade e previsibilidade. Dando um passo adiante, no entanto, a renda variável abre as portas para um outro universo: de maior volatilidade e risco, sim, mas também com muitas possibilidades de retorno substancial.
Leia este artigo para entender:
- o que é renda variável;
- quais são os principais ativos de renda variável;
- as vantagens de investir em renda variável;
- os cuidados a se tomar ao investir em renda variável.
O que é renda variável
Um dos principais tipos de investimentos disponíveis no mercado financeiro, a renda variável, reúne um conjunto diversificado de ativos cujo valor está sujeito a flutuações de mercado — o que faz com que os preços aumentem ou diminuam de forma considerável ao longo do tempo.
Vários fatores podem causar flutuações de mercado, incluindo condições econômicas, cenário político, mudanças no setor industrial, inovações tecnológicas e até mesmo eventos globais imprevisíveis.
Dessa forma, enquanto a renda fixa oferece retornos previsíveis e estáveis, a variável se destaca por sua volatilidade e, portanto, suas chances de alcançar retornos substancialmente maiores – o que está atrelado, é claro, a um grau significativamente maior de risco.
Quais são os principais ativos de renda variável
Os principais ativos de renda variável incluem:
Ações
As ações são participações de propriedade em uma empresa. Portanto, ao adquiri-las, o investidor se torna acionista e detém uma parte (ainda que muito pequena) proporcional desse negócio.
O valor das ações varia de acordo com a oferta e a demanda, com o desempenho da organização, sua saúde financeira, suas expectativas de crescimento, lucro e diversos outros fatores.
Fundos de investimento
Os fundos de investimento, por sua vez, são opções que permitem que os investidores apliquem em uma carteira diversificada de ativos. Ou seja, a carteira de fundos pode incluir ações, títulos, moedas, commodities e outros instrumentos financeiros. Nesse caso, as pessoas não acessam diretamente cada um dos produtos e sim adquirem cotas de um determinado fundo.
A principal premissa desse formato é oferecer diversificação, mesmo para investidores com quantias menores para aplicar. Além disso, profissionais especializados gerem esses fundos, usando estratégias para aumentar o retorno.
📰 Leia também:
Fundos de investimentos alternativos: vantagens e riscos
EFTs
Investir em ETFs (Exchange Traded Fund) significa aplicar em fundos que replicam a performance de um índice de referência. O objetivo é alcançar um resultado similar ao do índice. Por terem uma dinâmica muito semelhante à dos fundos de investimento explicados acima, os ETFs também são uma ótima maneira de diversificar a carteira de forma simplificada e que vêm chamando cada vez mais atenção.
Derivativos
Os derivativos, como o próprio nome sugere, são instrumentos financeiros que têm seu valor derivado do valor de um ativo subjacente. Sejam esses ativos ações, moedas ou commodities. Gestores e investidores usam derivativos tanto para especular quanto para proteção contra riscos, e seus principais exemplos são o mercado futuro e o mercado de opções.
📰 Saiba mais:
Quais são as vantagens de investir em renda variável
Agora que você já entendeu o que é renda variável, veja quais são as principais vantagens de investir nesse tipo de ativo:
Potencial de retorno alto | Os ativos de renda variável são reconhecidos por oferecerem um potencial de retorno substancialmente maior em comparação com a renda fixa. Como dissemos acima, no entanto, não existe almoço grátis e o preço para isso são os riscos mais elevados. |
Diversificação da carteira | Aplicar em ativos de renda variável permite uma maior diversificação de investimentos, caso eles sejam distribuídos em diferentes setores, indústrias e regiões geográficas. Essa é, inclusive, uma estratégia para minimizar os riscos, já que a má performance de um determinado grupo de ativos pode ser compensada pelo bom desempenho de outro. |
Liquidez e flexibilidade | Grande parte dos ativos de renda variável (como as ações e os ETFs) são negociados em bolsa de valores, o que proporciona boa liquidez e flexibilidade para comprar ou vender ativos a qualquer momento. |
Cuidados a se tomar ao investir em renda variável
Quanto mais volátil é um investimento, maiores devem ser os cuidados na hora de apostar nele. Por isso, quem quer aplicar em renda variável precisa se munir de certos cuidados e práticas, sendo o primeiro deles a compreensão do seu tipo de perfil de investidor, que determina basicamente o nível de risco que se está disposto a assumir para alcançar maior rentabilidade.
Enquanto os conservadores preferem se manter mais seguros, os moderados e arrojados buscam oportunidades mais ousadas — e aqui não existe certo ou errado, mas sim a situação e o apetite de risco de cada um.
Além disso, é muito imaturo pensar que investir é muito fácil e que “é só colocar o dinheiro para trabalhar para você”. É preciso muita pesquisa e educação financeira para fazer bem feito e conseguir impactar positivamente no próprio patrimônio.
Compreender os ativos, assim como os cenários atuais e as perspectivas futuras, é fundamental e um trabalho contínuo, afinal tudo pode mudar a qualquer momento. Vale lembrar, ainda, que quanto mais arriscados e voláteis forem os investimentos, mais é necessário investir tempo nesses estudos e acompanhamentos.
Se você quer minimizar suas chances de perda, seja ao investir em renda variável ou em outros tipos de ativos, aproveite para ler também o nosso artigo sobre os principais riscos de investimentos e como lidar com eles.