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Entenda o que é a inclusão financeira e qual é a sua importância

Entenda o conceito de inclusão financeira e veja como ações voltadas para educação financeira podem melhorar a qualidade de vida da população.

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Segundo o Banco Central do Brasil, cerca de 16% dos brasileiros são desbancarizados, ou seja, não têm ou não usam conta bancária. Portanto, a inclusão financeira é fundamental para diminuir esse percentual e garantir que a população tenha acesso a serviços financeiros que contribuam para a melhoria de suas condições de vida.

Neste artigo, reunimos as respostas para algumas das principais dúvidas sobre o tema. Confira:

  • o que é inclusão financeira;
  • qual é a importância da inclusão financeira para a população;
  • quais são os pilares da inclusão financeira;
  • quais são os desafios da inclusão financeira no Brasil.

O que é inclusão financeira?

O termo inclusão financeira se refere ao processo de democratização do acesso a serviços como contas bancárias, cartões de crédito, empréstimos e seguros. Nesse sentido, a ideia é permitir que pessoas de todas as classes sociais possam gerenciar melhor seus recursos e planejar o futuro, algo fundamental para estimular o crescimento econômico e reduzir a pobreza.

Qual é a importância da inclusão financeira para a população?

A inclusão financeira tem impacto direto nos níveis de qualidade de vida, pois fornece ferramentas para lidar com situações inesperadas, como desemprego, doenças e acidentes. Isso pode ser ofertado por meio da disponibilidade de empréstimos e financiamentos, por exemplo.

Além disso, ao aprender como cuidar melhor do dinheiro e investi-lo de forma consciente, a população passa a ter oportunidades que antes eram inacessíveis.

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Quais são os pilares da inclusão financeira?

O papel de implementar políticas voltadas à inclusão financeira é compartilhado por governos, instituições financeiras, órgãos reguladores e organizações da sociedade civil. Para que seu objetivo seja alcançado, é necessário se atentar aos seguintes pilares:

Acesso a serviços financeiros

A possibilidade de utilizar serviços de pagamentos, transferências e crédito é especialmente importante para pessoas de baixa renda ou que vivem em áreas remotas. Quanto mais gente com acesso a eles, maior a circulação de dinheiro na economia.

Dessa forma, há um estímulo à produção e ao consumo que pode trazer uma série de vantagens:

  • inclusão de pessoas em situação de vulnerabilidade social;
  • estímulo ao empreendedorismo, permitindo que pequenos negócios cresçam;
  • aumento na renda familiar e, consequentemente, incentivo ao consumo;
  • redução da pobreza, oferecendo à população condições de suprir necessidades básicas como saúde, educação e bem-estar.

Educação financeira

A falta de conhecimento financeiro costuma levar ao endividamento excessivo ou a buscar investimentos em produtos financeiros inadequados. Por outro lado, pessoas capacitadas podem tomar decisões mais informadas e atingir a estabilidade financeira, contribuindo para o aumento da prosperidade individual e coletiva.

A seguir, listamos algumas formas de promover a inclusão financeira por meio da educação:

  • adição da educação financeira nos currículos escolares;
  • criação de programas específicos para adultos que não tiveram acesso à educação financeira durante a infância ou a adolescência;
  • oferta de serviços como contas bancárias sem taxa de manutenção e cartões de crédito com taxas de juros mais baixas para tornar as finanças pessoais mais acessíveis;
  • disponibilização de ferramentas como aplicativos para celular e sites especializados para ajudar as pessoas a monitorarem suas finanças.

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Regulação adequada do mercado financeiro

A regulação adequada do mercado financeiro é outro pilar importante da inclusão financeira, pois pode proteger os consumidores de práticas abusivas e incentivar a concorrência saudável. Entre as principais instituições responsáveis por esse trabalho, temos:

  • Conselho Monetário Nacional (CMN), responsável por estabelecer as diretrizes e as regras para o funcionamento do Sistema Financeiro Nacional;
  • Banco Central do Brasil (BCB), responsável por supervisionar instituições financeiras e implementar políticas monetárias e cambiais que afetam a economia como um todo;
  • Comissão de Valores Mobiliários (CVM), encarregada de supervisionar empresas de investimento e corretoras de valores, entre outras entidades;
  • Superintendência de Seguros Privados (Susep), instituição que regula o mercado de seguros, previdência complementar aberta e capitalização e estabelece políticas para proteger os consumidores.

Desenvolvimento de tecnologias inovadoras

Com o avanço das tecnologias digitais, novas formas de serviços financeiros estão sendo desenvolvidas e podem estimular a inclusão financeira. Desse modo, entre as inovações mais importantes do setor nos últimos anos, podemos destacar:

  • soluções de pagamentos digitais como o PIX, que tornam esses procedimentos mais convenientes;
  • mobile banking, que permite o acesso aos serviços por meio de smartphones, sem a necessidade de visitar uma agência bancária física;
  • fintechs, empresas que oferecem empréstimos, cartões de crédito e contas digitais a preços mais acessíveis;
  • blockchain, uma tecnologia de registro descentralizada que pode ser usada para realizar transações financeiras sem a necessidade de intermediários, reduzindo custos;
  • uso de inteligência artificial para análise de dados e tomada de decisões.

Apesar dos avanços recentes, a inclusão financeira ainda é um desafio no Brasil. Nesse sentido, um dos principais obstáculos é a falta de profissionais com as habilidades e certificações exigidas no novo mercado financeiro.

É importante entender profundamente as possibilidades das novas tecnologias para oferecer soluções financeiras adequadas às necessidades de cada pessoa, levando em conta suas particularidades e limitações.

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