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DOL e WDO: conheça os contratos futuros de dólar

Entenda contratos futuros DOL e WDO que oferecem proteção e lucro com dólar. Saiba mais sobre contratos firmes entre partes para negociar ativo a preço futuro. Enquanto o DOL é o dólar comercial na B3 o WDO é o mini contrato.

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No cenário global atual, o mercado de câmbio desempenha um papel crucial nas transações comerciais e financeiras. Portanto, entender este mercado não representa apenas um capricho, mas uma necessidade para investidores e empresários. Conectando economias e influenciando decisões de negócios, o dólar mantém sua posição como a moeda mais influente do mundo. Assim, operações que envolvem essa moeda requerem uma análise aprofundada e ferramentas de proteção. 

Os contratos futuros surgem como uma dessas ferramentas. Eles permitem que investidores e empresas se protejam de oscilações inesperadas no valor do dólar. Além de oferecerem oportunidades para aqueles que buscam lucrar com essas flutuações. No entanto, antes de se aventurar no mundo dos contratos futuros de dólar, é fundamental conhecer suas especificidades. 

O Brasil apresenta dois contratos de destaque neste cenário: o DOL e o WDO. Ambos possibilitam operações relacionadas ao futuro do dólar, mas possuem características distintas. Neste artigo, você descobrirá os detalhes desses contratos. Além disso, entenderá como eles podem auxiliar em estratégias financeiras e de negócios. A jornada para desvendar os mistérios do mercado futuro de dólar começa agora. 

Neste artigo, vamos abordar os seguintes tópicos: 

  • O que são contratos futuros? 
  • Diferença entre Spot Market e Futuros 
  • DOL: Contrato futuro de dólar 
  • WDO: Minicontrato futuro de dólar 
  • Como funcionam as margens de garantia 
  • Estratégias comuns usando DOL e WDO 
  • Riscos associados à negociação de futuros de dólar 

O que são contratos futuros?

Contratos futuros representam acordos firmes entre duas partes. Através deles, compradores e vendedores se comprometem a negociar um ativo por um preço determinado em uma data futura. No entanto, ao contrário de um negócio à vista, a liquidação financeira não ocorre imediatamente. 

Portanto, imagine que você quer garantir o preço de uma commodity para proteger seus negócios contra oscilações de preço. Para isso, você pode utilizar contratos futuros. Assim, mesmo que o preço do ativo varie no mercado à vista, você já garantiu sua posição para o futuro. 

A flexibilidade destes contratos, portanto, permite que investidores e empresas adotem estratégias variadas. Seja para se proteger de riscos ou para buscar oportunidades de lucro. Por isso, entender como funcionam os contratos futuros é essencial para qualquer pessoa que deseja operar no mercado financeiro com maior segurança e conhecimento. 

Além da proteção, contratos futuros também se tornam ferramentas para aqueles que desejam especular. Traders buscam lucros na variação dos preços desses contratos, e não necessariamente na posse do ativo subjacente. Isso ocorre porque, na maioria das vezes, os contratos se liquidam em dinheiro, e não em mercadorias físicas. 

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Diferença entre Spot Market e Futuros

Quando falamos de mercado financeiro, dois conceitos essenciais se destacam: o Spot Market e o mercado de Futuros. Ambos os mercados facilitam transações de ativos, mas operam de maneiras distintas. 

No Spot Market, também conhecido como mercado à vista, as transações acontecem instantaneamente. Ou seja, a liquidação financeira ocorre quase que imediatamente, e o comprador paga ou recebe o bem negociado em um curto espaço de tempo. Assim, o foco recai sobre o presente, e o preço reflete as condições atuais do mercado. 

Por outro lado, no mercado de Futuros, as partes se comprometem com uma transação futura. Eles estabelecem hoje o preço de compra ou venda de um ativo para liquidação em uma data posterior. Portanto, o preço reflete as expectativas do mercado sobre o valor desse ativo no futuro. A liquidação, na maior parte dos casos, não envolve a transferência física do bem, mas sim ajustes financeiros baseados na variação do preço. 

Assim, enquanto o Spot Market atende a necessidades imediatas, o mercado de Futuros serve como ferramenta de hedge ou especulação sobre os preços futuros. Para empresas e investidores, compreender essas diferenças é crucial. Afinal, a escolha entre um e outro impacta diretamente a estratégia e os riscos associados à operação. 

DOL: Contrato futuro de dólar

O DOL se destaca como um dos principais instrumentos no mercado futuro brasileiro. Ele representa o contrato futuro de dólar comercial negociado na B3, a bolsa de valores brasileira. Dessa forma, permite que investidores apostem ou se protejam das variações desta moeda. 

O contrato padrão do DOL, geralmente, tem como referência a cotação do dólar em relação ao real. Portanto, ao operar este contrato, o investidor se expõe às oscilações cambiais entre essas duas moedas. Assim, tanto empresas com operações no exterior quanto investidores buscando diversificação podem se beneficiar dessa ferramenta. 

Os contratos possuem vencimento mensal e, na maior parte das vezes, a liquidação ocorre de forma financeira. Isso significa que, ao final do contrato, não há entrega física de dólares, mas sim um ajuste monetário. Além disso, o tamanho padrão do contrato DOL é de US$ 50.000, tornando-o uma opção robusta para operações mais volumosas. 

WDO: Mini contrato futuro de dólar

O WDO surge como uma alternativa acessível ao tradicional contrato futuro de dólar, o DOL. Ele é popularmente conhecido como mini contrato futuro de dólar e também se negocia na B3. A principal diferença entre eles reside no tamanho da negociação. 

Outros nomes para esse contrato são:

  • contrato de mini dólar;
  • contrato dólar mini;
  • minidólar;
  • dólar mini.

Enquanto o DOL movimenta lotes de US$ 50.000, o WDO opera com lotes menores, de US$ 10.000. Portanto, essa característica torna o WDO uma opção mais flexível e acessível. Ele é especial para pequenos investidores que desejam se expor ao mercado cambial, mas sem a necessidade de um grande aporte financeiro. 

Assim como o DOL, o WDO também permite que os investidores apostem ou se protejam das variações do dólar frente ao real. Além disso, as liquidações acontecem de forma financeira, evitando a transferência física da moeda. Dessa forma, o investidor se beneficia dos ajustes monetários decorrentes das variações cambiais. 

Como funcionam as margens de garantia

No universo dos contratos futuros, as margens de garantia desempenham um papel vital. Elas funcionam como uma espécie de “caução” que o investidor precisa depositar para negociar no mercado futuro. 

Primeiramente, ao iniciar uma operação com contratos futuros, seja DOL, WDO ou qualquer outro, o investidor deve deixar um valor na corretora. Esse valor, denominado margem inicial, serve para garantir o cumprimento da operação. Assim, ele funciona como uma proteção contra possíveis prejuízos. 

Durante a vigência do contrato, o mercado flutua e, com isso, podem surgir débitos ou créditos na conta do investidor. Por isso, diariamente, ocorrem os ajustes dessas margens conforme as variações do mercado. Se o mercado se move contra a posição do investidor, ele pode precisar depositar mais recursos, conhecido como chamada de margem. 

Por fim, é importante ressaltar que as margens de garantia não representam um custo, mas sim um bloqueio de capital. Quando o investidor encerra ou ajusta sua posição, essa margem retorna a ele, considerando os ganhos ou perdas da operação. 

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Estratégias comuns usando DOL e WDO

Ao explorar o mercado de futuros, traders e investidores adotam diferentes estratégias com os contratos DOL e WDO. Estas abordagens visam proteção, lucro ou ambos. 

Primeiramente, muitas empresas utilizam esses contratos como ferramenta de hedge. Por exemplo, uma empresa que espera receber pagamentos em dólares no futuro pode comprar contratos para se proteger contra uma possível desvalorização da moeda. Assim, mesmo que o dólar caia, a empresa garante a taxa de câmbio e evita perdas. 

Por outro lado, traders ativos buscam oportunidades de lucro nas oscilações diárias desses contratos. Utilizando análises técnica e fundamentalista, eles tentam prever os movimentos do mercado. Quando identificam uma tendência de alta, compram contratos; se percebem uma tendência de baixa, vendem. 

Além disso, alguns investidores optam pelo “spread”, comprando e vendendo contratos de diferentes vencimentos simultaneamente. A ideia é explorar a diferença de preços entre os vencimentos, o que pode gerar lucros consistentes com riscos relativamente menores. 

Riscos associados à negociação de futuros de dólar

A negociação de contratos futuros, como DOL e WDO, carrega intrinsecamente seus riscos, assim como qualquer investimento no mercado financeiro. Entender esses riscos é fundamental para uma operação consciente e segura. 

Primeiramente, há o risco de mercado. Os preços dos contratos futuros de dólar são afetados por uma série de fatores, como decisões políticas, taxas de juros e balança comercial. Assim, um evento inesperado pode causar oscilações significativas, gerando potenciais perdas para o investidor. 

Além disso, existe o risco de liquidez. Embora o mercado de DOL e WDO seja bastante líquido, em certas situações, pode haver dificuldade em encontrar um comprador ou vendedor. Dessa forma, o investidor pode ser obrigado a liquidar sua posição a um preço desfavorável. 

Outro aspecto importante é o risco de alavancagem. Como os investidores depositam apenas uma margem para negociar contratos futuros, eles se alavancam. Isso significa que pequenas variações no preço do contrato podem resultar em grandes variações percentuais no capital investido, tanto para ganhos quanto para perdas. 

Por fim, é essencial mencionar o risco operacional, relacionado à corretora ou à plataforma de negociação. Falhas tecnológicas ou problemas de comunicação podem impactar a execução das ordens. 

Portanto, embora os futuros de dólar ofereçam oportunidades atrativas, é crucial estar ciente dos riscos e, idealmente, contar com a orientação de profissionais capacitados. 

Payroll

Ainda relacionado ao risco, em particular, o risco para operadores de daytrade é o payroll, que é o relatório de empregos dos Estados Unidos. Esse relatório é divulgado a cada primeira sexta-feira do mês e costuma causar um aumento na volatilidade do mercado, principalmente nos contratos futuros de dólar e índice (IND e WIN).

Profit

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